O Procurador do Estado Pedro Jucá de Oliveira acaba de lançar o livro “Coisa Amor”, publicado pela Editora Urutau (152 páginas). A coletânea de 15 contos aborda avessos e contradições das relações humanas a partir de situações cotidianas, relacionadas, sobretudo, com a maternidade, o amor, a sexualidade e o desejo, o inconsciente, a morte, a memória, a loucura e a solidão.
O livro estreia o Procurador no cenário da ficção e reúne textos que começaram a ser escritos ainda na adolescência. O autor explora o poder da narração para apresentar diferentes facetas de suas personagens complexas, e os limites de um enigma: onde começa e a que se conforma a experiência do que é propriamente humano.
“São temas que, de alguma maneira, tocam aquilo que temos de mais radicalmente humano – nos dois sentidos: tanto de extremidade, de limite, quanto de início, de raiz. Dizem um pouco da minha maneira de ver o mundo, dizem um pouco daquilo que acredito ser universal a cada um de nós”, justifica o autor. “São questões recônditas, recalcadas, afastadas para uma zona de desconhecimento quase proposital, quase autopreservativa. Os temas não deixam de ser um cutucado forte nessa parte que, muitas vezes, ninguém quer perceber que traz em si”, elabora.
Para o Professor Luiz Antonio de Assis Brasil, um dos principais nomes da escrita criativa do Brasil, Pedro Jucá “escreve como gente grande, formada e diplomada na ficção. Seus temas são sempre novos, e convence pela densidade de suas personagens centrais, que se apresentam com uma questão essencial identificável e que, assim, dão unidade às narrativas. Gosto de suas alternâncias de focalizadores, o que confere grande diversidade de perspectivas. Vocênão se intimida em assumir uma primeira pessoa feminina, desembaraçando-se com êxito nesses meandros convulsos e dramáticos; isso é para os fortes”.
